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09/08/2019
Padre Nicola Bux: "Temos um Vaticano Stalinista".
Padre Nicola Bux: "Temos um Vaticano Stalinista".
Monsenhor Nicola Bux foi teólogo da Congregação para Doutrina da Fé (principal órgão do Vaticano para decisões teológicas). Ele é muito respeitado.
Bux escreveu carta que foi mostrada ao jornalista italiano Marco Tossatti. Carta sobre o pontificado do Papa Francisco e sobre a situação do Instituto João Paulo II, que está em crise,pois o Papa Francisco resolveu fazer "refundação" do instituto, com "novo currículo".
Nunca vi carta de padre tão direta no ataque ao pontificado de Francisco.
Traduzo para o português a carta de Bux, vejam vocês:
"Prezado diretor
Sobre a história do Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Casamento e a Família, é oportuno destacar o atraso ocorrido na Igreja em relação à Idade Média, no qual se fizeram disputas teológicas entre franciscanos e dominicanos, sobre quais daqueles que tinham mais argumentos para vencer. Hoje, chegamos aos métodos stalinistas com luvas amarelas. Não há mais confrontação, disputa na Igreja. Agora, se você não pensa como o líder, você está identificado, catalogado e excluído. É o efeito prejudicial da ideologia do diálogo, que é bom contanto que você pense nas mesmas linhas de quem o prega.
Para confirmar, então, o pluralismo e a sinodalidade, temos aqui a demissão de professores titulares que são privados de sua cátedra por razões ideológicas.
O que aconteceria em qualquer outra universidade se você fizesse isso?
Que prestígio acadêmico será deixado a João Paulo II? (a questão não é apenas se continuará a ser uma instituição universitária inspirada em João Paulo II, mas se continuará a ser uma instituição universitária).
Tudo isso pesa de maneira singular no diretor, como um homem da Academia que preside essa operação: ele certamente não agiu de maneira exótica, mas por trás de uma ordem superior.
De maneira brutal ou com motivações inconsistentes, o mesmo acontece nos seminários, nas faculdades, nas congregações e nos dicastérios romanos.
O paradoxo é que o diálogo ecumênico e inter-religioso é propagado para o exterior, enquanto a ditadura do pensamento único interior é afirmada.
Muitos se perguntam - sempre em nome da sinodalidade e do pluralismo -: não se deve promover a comparação entre todos os batizados, especialmente entre todas as categorias de teólogos? Uma comparação que tem o pensamento católico como referência, segundo a máxima de São Vicente de Lerins: “o que sempre foi acreditado, em todo lugar e por todos”?
Talvez esteja chegando o momento em que devemos nos levantar e nos mover em direção a São Pedro, de todo o mundo, para denunciar o novo "latrocínio ephesinum". Eu me explico. O segundo concílio de Éfeso em 449, conhecido entre os teólogos católicos e ortodoxos como o latrocínio Éfeso ou banditismo de Éfeso (em grego Ληστρική της Εφέσου), foi um concílio eclesiástico cristológico. Como resultado dos conflitos que surgiram sobre a pessoa de Jesus Cristo, e especialmente do posterior de Calcedônia (451), as igrejas cristãs foram divididas em calcedônia e pré-calcedônia.
Parece certo inferir que, após o próximo sínodo, Jesus Cristo será declarado ultrapassado, porque parece que a Amazônia e alguma outra "região européia", não precisam mais dele para a salvação, porque estão bem como estão. Enquanto isso, a “teologia moral” do casamento e da família declarada pelo Senhor foi declarada vencida; aquele que João Paulo II defendeu e espalhou, pagando pessoalmente. Portanto, estamos nos prodromes da traição efésiana. Depois, vamos seguir Bento XVI, que expressou solidariedade com o diretor defenestrado, e imagine o Papa Francisco irritado com tudo isso, apesar de todas as suas exortações ao pluralismo, parresia e sinodalidade.
Portanto, corramos e tentamos consertar a situação, antes de mais nada os professores e alunos de João Paulo II, antes que seja tarde demais. Tudo para São Pedro!
Atenciosamente
em Domino Iesu."
Fonte: http://thyselfolord.blogspot.com/2019/08/padre-nicola-bux-temos-um-vaticano.html?
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