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13/10/2017
Papa assina apresentação de edição especial do Catecismo da Igreja Católica

Papa assina apresentação de edição especial do Catecismo da Igreja Católica

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Cidade do Vaticano (RV) – “Faço votos de que possa ser conhecido e utilizado para valorizar da melhor forma o grande patrimônio de fé destes dois mil anos de nossa história”.

Assim o Papa Francisco conclui a apresentação da edição especial do Catecismo lançada pelo grupo Editorial San Paolo, em parceria com a Livraria Editora Vaticana (LEV), 25 anos após a promulgação do Catecismo da Igreja Católica por João Paulo II.

O Pontífice recorda que a publicação desta nova edição, enriquecida com novos comentários teológico-pastorais, “é de grande ajuda para entrar sempre mais na compreensão do mistério da fé”.

“O Catecismo da Igreja Católica, deste modo – observa Francisco -  torna-se uma ulterior mediação por meio da qual promover e apoiar as Igrejas particulares em todo o mundo no compromisso de evangelização, como instrumento eficaz para a formação, sobretudo dos sacerdotes e catequistas”.

A obra traz novos comentários teológico-pastorais, com o objetivo de tornar o Catecismo um subsídio indispensável e uma ajuda concreta para saber responder aos grandes desafios que o mundo de hoje apresenta aos fiéis.

Coordenados pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização - o Arcebispo Rino Fisichella, que escreve a introdução da nova edição - especialistas de todo o mundo - levando em consideração sobretudo as mudanças ocorridas nestes anos e a publicação de importantes documentos do Magistério após a promulgação do Catecismo - fazem uma releitura de diversos artigos do Catecismo à luz dos grandes temas da vida cotidiana: a busca de Deus, a fé, a Igreja, os Sacramentos, os mandamentos, a oração, além de tantos outros.

Entre os autores dos comentários, estão especialistas como Enzo Bianchi, Goffredo Boselli, Anna maria Cànopi, Ignace de la Potterie, Aristide Fumagalli, Luis Ladaria, Cettina Milittelo, Salvador Piè-Ninot, Maria Pilar del Rio, Christoph Schönborn, Ina Siviglia, Thomas Joseph White e Jared Wicks.

Na quarta-feira, 11 de outubro, realizou-se uma solene comemoração promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, presidida pelo Papa Francisco. Durante o encontro, foi apresentada a nova edição do Catecismo.

Fonte:http://br.radiovaticana.va/news/2017/10/12/papa_assina_apresenta%C3%A7%C3%A3o_de_edi%C3%A7%C3%A3o_especial_do_catecismo/1342520

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Papa reflete sobre a pena de morte no Catecismo da Igreja Católica

No 25º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, o Papa Francisco fez uma reflexão sobre a importância deste texto e sobre a pena de morte.

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Por Álvaro de Juana

Vaticano, 12 Out. 17 / 02:00 pm (ACI).

O Santo Padre fez essa reflexão diante de centenas de participantes em um encontro promovido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, por ocasião dos 25 anos da assinatura da Constituição Apostólica Fidei Depositum por São João Paulo II, um texto que acompanhou a publicação do Catecismo da Igreja Católica em 1992.

“Em relação a este horizonte de pensamento, quero fazer referência a um tema que deveria estar no Catecismo da Igreja Católica um espaço mais adequado e consistente com esses propósitos concretos”, afirmou o Papa na Sala do Sínodo, no Vaticano.

“Penso, de fato, na pena de morte. Este problema não pode ser reduzido a uma simples lembrança do ensinamento histórico, sem emergir não só o progresso na doutrina e obra dos últimos Pontífices, como também na mudança da consciência do povo cristão, que rechaça uma atitude concordante ante uma pena que atenta fortemente contra a dignidade humana”.

Apesar de não ter mencionado, é importante recordar que o número 2267 do Catecismo indica que “a doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor”.

Durante a sua reflexão, o Santo Padre sublinhou que “é preciso afirmar com força que a sentença à pena de morte é uma medida desumana que humilha”.

“É em si mesma contrária ao Evangelho porque, com ela, decide-se voluntariamente uma vida humana, que é sempre sagrada aos olhos do Criador, e da qual Deus, em última instância, é o único juiz”, acrescentou.

Francisco manifestou que “ninguém pode tirar não só a vida como a possibilidade de uma redenção moral e existencial que seja em favor da comunidade”.

O Pontífice aproveitou a oportunidade para reconhecer que “no Estado Pontifício”, em certa ocasião, “usaram este remédio extremo e desumano, negligenciando que a misericórdia deve prevalecer sobre a justiça”.

Isto ocorreu porque “a preocupação por preservar íntegros os poderes e as riquezas materiais tinham levado a superestimar o valor da lei, impedindo a compreensão profunda do Evangelho”.

Nesse sentido, assinalou que “a defesa da dignidade da vida humana desde a concepção até a morte natural sempre encontrou no ensinamento da Igreja a sua voz coerente e autorizada”.

Novos desafios para a humanidade

O Bispo de Roma garantiu que “a tradição é uma realidade viva, e apenas uma visão parcial pode pensar no ‘depósito da fé’ como algo estático. A Palavra de Deus não pode ser preservada com naftalina, como se fosse um cobertor velho que nos protege dos parasitas”.

“A Palavra de Deus é uma realidade dinâmica, sempre viva, que se desenvolve e cresce porque é atraída a um cumprimento que os homens não conseguem parar”.

“Não é possível preservar a doutrina sem progresso, nem pode estar ligada à leitura rígida e imutável sem humilhar a ação do Espírito Santo”.

Por sua parte, sublinhou que São João Paulo II “desejou e quis o Concílio não para condenar os erros, mas, sobretudo para permitir que a Igreja chegasse finalmente a apresentar, com uma linguagem renovada, a beleza de sua fé em Jesus Cristo”.

“Guardar” e “prosseguir” foram “as palavras destacadas pelo Santo Padre como incumbência que cabe à Igreja por sua própria natureza, a fim de que a verdade contida no Evangelho feito por Jesus possa alcançar a sua plenitude até ao fim dos séculos”.

Trata-se de uma missão que diz respeito a todos os cristãos, que devem aproximar-se “dos homens e mulheres do nosso tempo para lhes permitir a descoberta da inexaurível riqueza encerrada na pessoa de Jesus Cristo”.

Sobre o Catecismo, explicou que “constitui um instrumento importante não apenas porque apresenta aos crentes os ensinamentos de sempre para crescerem na compreensão da fé, mas também e sobretudo porque pretende aproximar os nossos contemporâneos, com suas problemáticas novas e diversas, da Igreja, comprometida na apresentação da fé como resposta significante para a existência humana neste momento histórico particular”.

Expressou também que não é suficiente “encontrar uma linguagem nova para expressar a fé de sempre”, mas que existe uma urgência “perante os novos desafios e perspectivas que se abrem à humanidade”, de que “a Igreja possa exprimir as novidades do Evangelho de Cristo”.

Ao ser ver, “conhecer Deus” “não é em primeiro lugar um exercício teórico da razão humana, mas um desejo inextinguível no coração de toda pessoa”.

“Nosso Catecismo se coloca à luz do amor como uma experiência de conhecimento, de confiança e de abandono ao mistério”.

Fonte:http://www.acidigital.com/noticias/papa-reflete-sobre-a-pena-de-morte-no-catecismo-da-igreja-catolica-31278/




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