Sinais do Reino


Notícias da Igreja
  • Voltar






24/11/2015
Quando a Maçonaria decide “ajudar o Papa”…

Quando a Maçonaria decide “ajudar o Papa”…

“Francisco está sereno.” Claro, Nuzzi o está ajudando

http://www.political-correctness.net/wp-content/uploads/2015/08/pope-francis-freemasonry-877x532.jpg

Por Maurizio Blondet, Chiesa e post concilio –  05 de novembro de 2015 | Tradução: Gercione Lima –

FratresInUnum.com:

Dando por descontadas as figuras desprezíveis, os maus costumes e as ações repugnantes por parte de alguns prelados envolvidos nos últimos escândalos do Vaticano, tudo nos leva a farejar uma meta bem precisa. Basta apenas pôr em relevo a cronologia, a sequência de eventos provocados, e uma vasta e bem coordenada operação reflete uma estratégia ampla e harmoniosa envolvendo muitas mãos.

Fase 1 – São anunciados não um, mas dois livros sobre os escândalos do Vaticano, escritos de forma independente por dois autores que dizem não se conhecer um ao outro, e lançados simultaneamente por duas editoras.

https://fratresinunum.files.wordpress.com/2015/11/avarizia-viacrucis.jpg?w=306&h=236

Fase 2 – Em seguida, são anunciadas as clamorosas prisões feitas pela gendarmeria pontifícia de dois personagens conhecidos como “os corvos”, os quais teriam vazado informações “confidenciais” aos dois jornalistas, autores de dois livros a serem lançados em breve. Vazamento de documentos confidenciais que é “fruto de uma traição grave à confiança depositada por parte do Papa”.

O caso, sem precedentes na modernidade, de dois personagens lançados nas masmorras do Vaticano (a bonitona Chaouqui e “um prelado do Opus Dei”, arregalam os olhos dos jornais), e, naturalmente, geram uma grande publicidade para os dois livros, que ainda não foram lançados [ndt: quando da redação deste artigo], mas que todos agora aguardam espasmodicamente. No mundo inteiro, editores já firmaram contratos de publicação e traduções em 15 países.

A Sala de Imprensa bergogliana emite então um estranhíssimo comunicado, como se já soubesse de antemão o conteúdo dos livros e o aprovasse, deplorando apenas o “modo” utilizado para se obter as informações.

“Publicações deste tipo não contribuem de forma alguma para estabelecer a clareza e a verdade, mas sim para criar confusão e interpretações parciais e tendenciosas. É necessário absolutamente evitar o equívoco de pensar que esta é uma maneira de ajudar a missão do papa”. Por que, talvez, alguém poderia suspeitar que toda a manobra foi feita para “ajudar” a missão do Papa? E qual missão?

Fase 3 – Os dois livros continuam não disponíveis [ndt: como dito, no momento da redação deste artigo]; ninguém ainda os leu, mas a mídia já recebeu antecipações suculentas e fazem entrevistas com seus autores. “Riqueza, desperdícios e jogos de poder – atrizes e viagens de ouro, alfaiates e assinaturas de canais pornográficos; despesas-fantasmas de milhões que foram roubados das ofertas das Missas”, são apenas alguns dos títulos.

Fase 4 – O frenesi da mídia ao explicar com unanimidade: este novo Vatileaks é um outro complô de “conservadores” que impedem o Papa  de “fazer as reformas.” Os corruptos, ladrões de ofertas das Missas e do hospital do Menino Jesus, os proprietários de coberturas de 700 metros quadrados, são os mesmos que “não querem a renovação”, a “limpeza nas finanças do Vaticano”, são os estelionatários que usam o IOR para lavagem de dinheiro… e assim por diante. Mas, absolutamente, não é verdade – muitos dos envolvidos foram nomeados pelo próprio Bergoglio para os cargos dos quais tiraram proveito, os modernistas, os carreiristas e puxa-sacos. Mas, a mensagem que deve ser passada é essa: vejam… a Igreja “velha” é corrupta, as hierarquias “conservadoras” são ricas e escandalosas, os cardeais são nojentos e imundos. São exatamente aqueles que se opõem ao “novo”… Apenas o Papa é limpo, honesto e inovador, verdadeiramente santo… E essa é exatamente a mensagem que Bergoglio e sua junta sul-americana fizeram de tudo pra passar desde o início.

“A mídia italiana vive em uma verdadeira bolha de papolatria”, escreve Socci, com razão: “Bergoglio é visto como o bem absoluto e quem não concorda com ele é retratado como um conspirador sinistro ou um emissário do mal”.

Fase 5 – O escândalo não deixa indignado e nem entristece muito Sua Santidade. “Francisco é calmo e sabe o que fazer… Ele prossegue sem incertezas no caminho da sua boa administração”.

Fase 6 – Nuzzi, um dos autores dos dois livros simultâneos, ao falar na conferência de imprensa de lançamento do seu volume, repete a palavra de ordem combinada: “Eu acho que este Papa está levando avante as reformas e encontra uma série de dificuldades” . É a tese que se deve passar. As “reformas”, as “reformas”: a comunhão para divorciados, o casamento gay, a Igreja pobre pelos pobres, todo o repertório. Se tivesse sido Bergoglio a sugerir a estratégia, não poderia fazer melhor a seu favor. Nuzzi, na conferência de imprensa, também disse outra coisa, do nada: que ele não teve nenhum contato com o Papa. E por que ele deveria ter tido algum contato com o Papa? Quem pensaria nisso? E então ele acrescenta: “Se eu tivesse tido, certamente não iria torná-lo público, porque se converteria em outra forma de instrumentalização”. E se, talvez, Nuzzi tenha mesmo se encontrado com o Papa? E se tudo isso fosse, de fato, um belo complô arquitetado a favor de Francisco? Graças a estes “escândalos”, (muitos dos quais antigos e já conhecidos, outros nem tanto, como o dinheiro que corre para as causas de beatificação) o partido sul-americano poderá proceder com novos expurgos na cúria romana.

Se isso soa conspiração absurda, lembre-se que este papado tem a confiança da Maçonaria. Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013. No mesmo dia, algumas horas mais tarde, um comunicado oficial do Grande Oriente foi emitido. Nele, o Grão-Mestre Gustavo Raffi previa com incontida alegria: “Com Papa Francisco, nada será como antes.”

http://i.huffpost.com/gen/1708728/images/n-MASSONERIA-INSEDIAMENTO-GRAN-MAESTRO-large570.jpg

Gustavo Raffi, Gran Maestro del Grande Oriente d'Italia

http://giacintobutindaro.org/wp-content/uploads/2013/03/Jorge-Mario-Bergoglio-gustavo-raffi.jpg

http://www.rainhamaria.com.br/z1img/18_04_2013__10_27_0146561c3d50e5680dffe720d4cb1234f7b76bd_640x480.jpg

Pergunta ingênua que não quer calar: como é que Raffi sabia disso de antemão? Antes de todos? E por que ele cumprimentou o Papa com uma declaração oficial em papel timbrado do Grande Oriente, portanto, não uma missiva pessoal, mas da Fraternidade Universal? Antecipando ainda mais as razões de propaganda e motivos ideológicos que o argentino iria colocar no centro da sua ação: “o jesuíta que está muito próximo da história recente tem a grande oportunidade de mostrar ao mundo o rosto de uma Igreja que precisa  recuperar o “anúncio de um nova humanidade (note a terminologia construída). Bergoglio conhece a vida real e recordará a lição de um dos seus teólogos de referência, Romano Guardini, para o qual não se pode separar a verdade do amor”.

“A cruz simples que ele usa sobre as vestes brancas – disse o grão-mestre do Palazzo Giustiniani – nos dá a esperança que uma Igreja do povo reencontre a capacidade de dialogar com todas as pessoas de boa vontade e com a Maçonaria, que, como ensina a experiência da América Latina, trabalha para o bem e o progresso da humanidade, tendo como referências Bolivar, Allende e José Martí, para citar alguns”.

http://4.bp.blogspot.com/-d_S2ZfIHWF4/UWHoasXt2oI/AAAAAAAACdY/jcTQIIXVSsY/s913/Argentina.png

Alguns dos personagens secularíssimos que arquitetaram o novo escândalo do Vaticano têm ares e palavras de maçons. Quando a Maçonaria decide que é hora de “ajudar o Papa”, pode muito bem organizar o concerto papolátrico tão evidente na mídia. Depois, se esse tambor semear desgosto, náuseas e consternação entre os fiéis, melhor ainda.

Maurizio Blondet, 05 de novembro de 2015

 

Fonte: http://fratresinunum.com/2015/11/24/quando-a-maconaria-decide-ajudar-o-papa/




Artigo Visto: 1520

 




Total Visitas Únicas: 6.307.018
Visitas Únicas Hoje: 524
Usuários Online: 152