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18/04/2015
“Reforma Política” encabeçada pela CNBB não passou por deliberação da Assembléia dos Bispos.

“Reforma Política” encabeçada pela CNBB não passou por deliberação da Assembléia dos Bispos.

18/04/2015

Comissão de leigos ouviu os bispos e constatou que, de fato, a “reforma política” da Coalisão encabeçada pela CNBB (reforma esta de interesse do PT) não é consenso entre os bispos.

Por Prof. Hermes Rodrigues Nery | Fratres in Unum.com: Estivemos em Aparecida (SP), na sexta-feira, 17 de abril, onde pudemos ouvir, conversar e dialogar com vários bispos que participam a 53ª assembleia da CNBB.

Explicamos aos bispos que a "reforma política" proposta pela Coalisão encabeçada pela CNBB visa consolidar o projeto de poder do PT, com a implantação do socialismo no Brasil, em conformidade com as diretrizes do PT e do Foro de São Paulo.

Explicamos aos bispos que a “reforma política” proposta pela Coalisão encabeçada pela CNBB visa consolidar o projeto de poder do PT, com a implantação do socialismo no Brasil, em conformidade com as diretrizes do PT e do Foro de São Paulo.

Primeiramente fomos ouvir dos bispos o que pensam realmente da adesão da CNBB à Coalisão de 103 entidades, encabeçando uma reforma política que defende os mesmos pontos de interesse do PT, conforme atesta o recente documento o 5º Congresso Nacional do partido, a ser realizado em Salvador, de 11 a 13 de junho próximo.

Explicamos aos bispos que a reforma política proposta pela Coalisão encabeçada pela CNBB visa a implantação do socialismo no Brasil, em conformidade com as diretrizes do PT e do Foro de São Paulo, no contexto de um processo em curso já avançado de consolidação da chamada “Patría Grande” socialista, com o que o governo do PT está bastante comprometido, e usando a capilaridade da Igreja, via CNBB e segmentos da Igreja (Pastoral da Juventude outras pastorais sociais) para esses fins. Tal objetivo político conflita com a doutrina moral e social da Igreja, daí o questionamento ao posicionamento da CNBB quanto a esta reforma política.

Depois de conversar com vários bispos, constatamos que:

  1. O tema da “reforma política” não é consenso entre os bispos.
  2. O apoio à Coalisão não foi deliberado em assembleia, mas apenas decisão do Conselho Permanente.
  3. Há muitos bispos desinformados do assunto e que se interessaram em obter mais dados sobre o tema.
  4. Conseguimos o apoio de vários bispos que irão aprofundar o tema com os demais ainda durante a assembleia.

Entregamos aos bispos uma carta expondo o conteído da petição pública pedindo a retirada da CNBB ao apoio a esta reforma política da Coalisão, com o seguinte teor:

“Nós, CATÓLICOS, pertencentes ao Movimento LEGISLAÇÃO E VIDA, e membros de pastorais em nossas respectivas paróquias, vimos a presença de Vossas Excelências Reverendíssimas para solicitar que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) imediatamente RETIRE o seu apoio da proposta de reforma política apresentada pela “Coalizão pela Reforma Política Democrática” na forma de um projeto de lei de iniciativa popular (Cf. [http://www.reformapoliticademocratica.org.br/conheca-o-projeto/]). Exigência fundamentada nos motivos aqui resumidamente expostos.

A CNBB está empenhada em recolher assinaturas de católicos para legitimar uma proposta de reforma política com ítens absolutamente contestáveis. (1) A proibição do financiamento de campanha por empresas, termo que apresenta um componente ideológico escandaloso, excluindo as empresas – representadas por seus proprietários – de se posicionarem em um plano da vida pública que é determinante para o exercício de suas atividades. (2) Eleições proporcionais em dois turnos, processo que, ao contrário da economia advogada no projeto, geraria um gasto mostruoso de recursos públicos. (3) Paridade de gênero, com o estabelecimento descabido do sexo – e não da competência e qualificação – como critério para pleitear o exercício de um mandato político.

Mas o elemento que definitivamente compromete o apoio da CNBB à proposta de reforma política é (4) o fortalecimento dos mecanismos de “democracia direta”. Trata-se de uma forma de inserir a “sociedade civil” nas decisões que envolvem “questões de grande relevância nacional”, colocando-a na elaboração e na condução de plebiscitos e referendos (Cf. Art. 3A e 3B, 8A, p. 18). Acontece que a “sociedade civil” será representada – não pelo cidadão comum -, mas por uma série de organizações e “movimentos sociais” como MST, CUT, UNE, CTB, UBM, CONTAG, ABONG, etc. Estes grupos – que assinam a proposta de reforma política com a CNBB – serão inseridos nas instâncias decisórias da vida pública e eles irão definir quais são as “questões de grande relevância nacional”. Grupos que contrariam frontalmente os princípios e orientações da Igreja Católica: disseminam a luta de classes; promovem atividades criminosas contra o patrimônio público e privado; estão comprometidos com a ideologia de gênero; exigem a legalização das drogas e a implantação definitiva do ABORTO – do ASSASSINATO DE CRIANÇAS – no Brasil.

Nota-se, claramente, que o projeto maquia um consórcio para administrar as “questões de grande relevância nacional” e realizá-las. Não só no âmbito político, mas social e comportamental. Um esquema de concentração de poder que se mostra ainda mais pernicioso quando se traça a ligação dos grupos e “movimentos sociais” envolvidos, que são controlados e financiados sobretudo pelo PT e por seus aliados, por sua vez comprometidos com a promoção do totalitarismo ditado pelo Foro de São Paulo – organização fundada por Lula e por Fidel Castro para fomentar o socialismo-comunismo na América Latina.

Por isso o entusiasmo e engajamento do ex-Presidente Luiz Inácio, que tratou de convocar a militância petista para trabalhar em favor da referida proposta de reforma política (Cf. [http://youtu.be/q1X66PR3KZc]). Contudo, é lamentável o pacto que a CNBB firmou com a presidente Dilma Rousseff para impulsionar a proposta (Cf. [http://www.saladeimprensadilma.com.br/2014/08/25/dilma-sobre-campanha-vou-me-dedicar-a-esclarecer-os-mitos-e-a-discutir-propostas/]), uma vez que se trata de promover um esquema de poder de natureza expressamente condenada pela Igreja Católica:

“O comunismo é doutrina nefanda totalmente contrária ao direito natural” (Pio IX, “Qui pluribus”);

“O comunismo é intrinsecamente mau” (Pio XI, “Divini Redemptoris”);

[…] “[o socialismo] é incompatível com os dogmas da Igreja Católica, pois concebe a própria sociedade como alheia à verdade cristã” […] “Católico e socialista são termos antitéticos” […] “Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios. Ninguém pode ser, ao mesmo tempo, bom católico e verdadeiro socialista” (Pio XI, “Quadragesimo Anno”).

Congregação do Santo Ofício, 1949. (1) É permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira? Não. O comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo […] (4) Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que as defendem e propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica? Sim. – II. Congregação do Santo Ofício, 1959. É permitido aos cidadãos católicos, ao elegerem os representantes do povo, darem seu voto a partidos ou a candidatos que, mesmo se não proclamam princípios contrários à doutrina católica e até reivindicam o nome de cristãos, apesar disto se unem de fato aos comunistas e os apoiam por sua ação? Não, segundo a diretiva do Decreto do Santo Ofício de 1o. de Julho de 1949, n.1 [3865].

Nestes termos, nós, CATÓLICOS , cientes da fidelidade que a CNBB  tem à doutrina, aos princípios e às orientações da Igreja Católica Apostólica Romana; apresentamos nossa reivindicação para que a CNBB imediatamente RETIRE o seu apoio da proposta de reforma política apresentada pela “Coalizão pela Reforma Política Democrática” e com ele TODAS AS ASSINATURAS dos fiéis católicos que recolheu para legitimar essa iniciativa.

Pelos motivos expostos, solicitamos ainda que a Conferência dos Bispos abandone a campanha por um “Plebiscito Constituinte”. Trata-se de uma iniciativa do PT que foi inclusive incorporada à campanha de Dilma Rousseff, com as assinaturas entregues nas mãos da candidata (Cf. “Dilma recebe 7,5 mi de assinaturas por plebiscito para reforma política”, G1, 13 de Outubro de 2014 [http://g1.globo.com/distrito-federal/eleicoes/2014/noticia/2014/10/dilma-recebe-75-mi-de-assinaturas-por-plebiscito-para-reforma-politica.html]). Ela tem basicamente os mesmos agentes promotores do projeto de reforma política, e em essência o mesmo objetivo: fortalecer um vasto esquema de poder que contraria integralmente os princípios e orientações da Igreja Católica.

Sendo o que se apresenta para o momento, agradecemos pela atenção e esperamos que tal documento seja considerado pelos senhores durante essa assembleia e que possam ser reavaliados os passos já dados pela CNBB no que diz respeito a reforma política em curso.

Movimento Legislação e Vida 

Manifestamos ainda aos bispos a nossa preocupação com a possível eleição de Dom Joaquim Mol a Secretário-Geral da CNBB. Alguns bispos nos deram seus contatos pessoais e ficamos de apresentar material, documentos, dados e mais informações para eles, que se interessaram em aprofundar a questão.

Agradecemos de modo especial à Missão Tarso (Cláudio e Kátia) e à Meri Angélica Harakava, que estiveram conosco nesta importante missão. E à Flavia Camargo que xerocou a documentação entregue aos bispos. Que Deus os abençoe sempre, com a família.

 

Fonte:http://fratresinunum.com/2015/04/18/reforma-politica-encabecada-pela-cnbb-nao-passou-por-deliberacao-da-assembleia-dos-bispos/




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