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02/02/2014
BISPOS EM GUERRA

BISPOS EM GUERRA

1/2/2014 21:42:41

Os Bispos da Alemanha declaram guerra!

Acredito que não existe nenhum outro país com uma contribuição tão "bipolar" quanto a Alemanha. Sua literatura, a cultura do seu povo e a tradição e o amor ao trabalho duro são características do povo e da nação alemã.

Entretanto não podemos esquecer que foi dessa terra que brotou três dos piores males que afligem o mundo moderno, uma sombra perpétua que parece encobrir a face da humanidade. O primeiro mal foi, sem dúvida, a revolta protestante. O segundo foi a teoria marxista. O terceiro, o nazismo. Um foi consequência direta do outro.
Não por acaso essas três manifestações do mal encarnaram-se em homens de grande intelecto e capacidade de convencimento: Lutero, Marx e Hitler. Os três males - que aqui vejo como as "Três Dores da Alemanha" - se caracterizam ainda por uma estreita relação com a Igreja Católica, quer diretamente, como no caso de Lutero, que foi monge católico, ou indiretamente, como foi o caso de Marx, ateu convicto da necessidade de destruição do cristianismo, e Hitler, um católico de fachada.

Agora, entretanto, é a vez da Igreja alemã apunhalar a Igreja Universal. A revolta e o desejo de destruir o que há de santo e católico estão dentro do templo de Deus.

Chega-nos a notícia que a Igreja Alemã, num ato cismático (entretanto não receberão preâmbulo doutrinal para assinar), planeja aprovar a comunhão para os divorciados em segunda união. Sobre isso já escrevemos antes.
A reunião plenária dos bispos da Alemanha está marcada para março próximo, mas segundo informa o site "Catholic Herald" (CH), os bispos já possuem um documento pré-aprovado com diretrizes para a prática.

O documento seria baseado na nota que a arquidiocese de Friburgo emitiu em outubro, mas que foi feita sem efeito pela Congregação para Doutrina da Fé, comandada hoje por um bispo alemão, e também num rascunho redigido por uma comissão de seis bispos.

Segundo informa o CH, os bispos estão confiantes que a sua "prática pastoral" não sofrerá qualquer repreensão de Roma. Essa confiança foi reforçada, segundo o CH, pela nova Exortação Apostólica Pós-Sinodal do Papa Francisco.

"Nós já temos as nossas próprias diretrizes e o Papa assinalou claramente que certas coisas podem ser decididas localmente.

Não somos a única diocese que busca soluções úteis para este problema e nós tivemos reações positivas de outras dioceses na Alemanha e do exterior nos assegurando que eles já praticam o que nós escrevemos em nossas diretrizes", afirmou Robert Eberle, porta-voz da arquidiocese de Friburgo.

A exortação Apostólica "Evangelii Gaudium", publicada no último dia 26, no seu número 32 assinala que:
Dado que sou chamado a viver aquilo que peço aos outros, devo pensar também numa conversão do papado. Compete-me, como Bispo de Roma, permanecer aberto às sugestões tendentes a um exercício do meu ministério que o torne mais fiel ao significado que Jesus Cristo pretendeu dar-lhe e às necessidades atuais da evangelização.

O Papa João Paulo II pediu que o ajudassem a encontrar «uma forma de exercício do primado que, sem renunciar de modo algum ao que é essencial da sua missão, se abra a uma situação nova». Pouco temos avançado neste sentido. Também o papado e as estruturas centrais da Igreja universal precisam de ouvir este apelo a uma conversão pastoral.

O Concílio Vaticano II afirmou que, à semelhança das antigas Igrejas patriarcais, as conferências episcopais podem «aportar uma contribuição múltipla e fecunda, para que o sentimento colegial leve a aplicações concretas». Mas este desejo não se realizou plenamente, porque ainda não foi suficientemente explicitado um estatuto das conferências episcopais que as considere como sujeitos de atribuições concretas, incluindo alguma autêntica autoridade doutrinal. Uma centralização excessiva, em vez de ajudar, complica a vida da Igreja e a sua dinâmica missionária.

Segundo o trecho acima, com negritos meus, o Papa vê um novo futuro para as Conferências Episcopais.

Bento XVI nunca viu as conferências episcopais como verdadeiros sínodos ou como entidades com referências canônicas. As conferências são uma criação recente, que predata em alguns anos a própria inauguração do Vaticano II. As conferências episcopais não possuem um status dentro da realidade eclesial superior a um órgão meramente consultivo; ao longo dos anos, entretanto, elas adquiriram considerável poder a ponto de regular o que um bispo, este sim um verdadeiro prelado, pode ou não fazer dentro da sua diocese.

Isso nos conduziu à situação esdruxula em que vivemos hoje no Brasil, por exemplo, onde bispos católicos ortodoxos são reféns da CNBB.

Acredito - e aqui cabe uma pausa - que as conferências episcopais são, na sua maioria, as verdadeiras pedras de tropeço na ação evangelizadora da Igreja. Potencializar a sua autoridade, conferindo-lhes alguma posição análoga a uma "antiga Igreja Patriarcal" reduzirá a Igreja Universal a uma porção de igrejolas nacionais unidas por comodismo, interesse financeiro ou afinidade ideológica. O "sentire cum ecclesia" desaparecerá se o projeto apontado por Francisco no nº 32 se tornar realidade.

Uwe Renz, porta-voz da diocese de Rottenburg-Stuttgart, acredita que os bispos alemães estão agindo de acordo com o "espírito do ensinamento do Papa Francisco". Até onde sei o espírito do Papa Francisco encontra-se com o mesmo, não saiu a borboletear pelas margens do Reno.

Estamos como as vésperas de uma invasão, num estado de guerra fria. É guerra, mas ao mesmo tempo não é.

O que fará Francisco se a Alemanha adotar a comunhão aos divorciados? Prosseguirá com sua "Agenda 32" de patriarcalização das Conferências Episcopais? Não sabemos ainda.

A doutrina da Igreja sobre o divórcio é clara. As palavras de Francisco nem tanto. Esse é o problema do discurso "pastoral", que é inevitavelmente ambíguo e subjetivo.

A aprovação da prática pela Alemanha conduzirá a um efeito dominó em toda a Europa e América Latina. Se a Santa Sé indulgenciar tal prática escandalosa com um silêncio pastoral obsequioso ou com uma aprovação tácita justificada por algum malabarismo teológico, então será hora deste blogueiro jogar a toalha. Desculpe o desabafo, mas todos experimentamos extravios, incertezas, dúvidas. Quem não experimentou? Todos, eu também! Faz parte da fé.

Rezo para que as portas do inferno não prevaleçam, para que Francisco veja o perigo diabólico da "Agenda 32" e derrote a marcha de hereges que rompe nas terras de Ratzinger.

Antes perder a moribunda igreja alemã que perder todo o rebanho!


Postado por Danilo às 22:13

COMENTÁRIO DE ARNALDO HAAS


OBS> Bem a propósito, este artigo vem mostrar aquilo que as mensagens celestes têm insistido em alertar, e para os que temos escrito desde larga data. O Concílio Pastoral Vaticano II, foi o estopim da destruição da Igreja, pelos cânceres que produziu:

  A não condenação do comunismo, a abertura para o modernismo mutante onde cada um faz o que quer, e para este escabroso falso ecumenismo que hoje se defende, e para o verdadeiro câncer em que se tornaram as malignas conferências episcopais, porque se tornaram aos poucos "pequenos vaticanos", desobedientes, como esta conferência alemã. Que desejam criar doutrina própria, o que faro de Pedro significa outra igreja.

 Assim, como o articulista apontou os três grandes males que vieram da Alemanha - protestantismo, comunismo, e nazismo - estamos em vias agora de acrescentar-lhe outro "ismo" a acrescentar a este currículo perverso, que alguém lhe dê o nome. Quem sabe demonismo? Trata-se de uma clara rebelião, uma semente de mal, que fere profundamente a Doutrina da Igreja, porque abre a porteira para simplesmente eliminar todo tipo de pecados.

De fato, se damos a comunhão a divorciados que vivem em segunda, terceira ou até quinta união – portanto vivem em pecado continuado - adultério - que sequer valida a confissão – teremos dar a comunhão também para outros pecados, entre eles os que vivem juntos, sem terem sequer casado. Isso seria acabar com a confissão e conspurcar a Eucaristia, pelo infinito de sacrilégios competidos nas comunhões em pecado.

Neste momento me surgiu uma ideia que me parece um alvo direto do inimigo. Se eles não conseguirem aplicar mundialmente a norma da comunhão a casais em segunda união sem necessária Declaração de Nulidade da união anterior, então será mais fácil acabar com a Eucaristia, transformando-a não mais no Corpo de Cristo, mas numa ceia comum onde todos podem participar. Mesmo que seja trocando um bem infinitamente maior por um menor. De fato, de pão comum todos podem participar, assim aliam o falso ecumenismo, com o entreguismo, com a demolição de praticamente todos os Sacramentos da nossa Santa Igreja.

Arrombando um Sacramento, logo se destrói os outros.

 De fato, ninguém mais procuraria o Santo Sacramento do Matrimônio, ninguém mais iria casar porque seria correr um risco e ter um gasto desnecessário. Todos poderiam apenas “ficar”. Então ninguém mais frearia a escalada de destruição das famílias, porque não tem lógica alguma permitir um pecado, enquanto se condena outros. Ou seja:

pela lógica e a razão - torpe razão - nada mais poderia ser condenável e os 10 Mandamentos da Divina Lei se tornariam letra morta. É isso que o diabo quer: abrir uma brecha na Sã Doutrina, para que ele possa entrar por ali com toda a avalanche dos vícios, "aprovados" pela igreja. Falo a falsa igreja, esta loba vestida em pele de ovelha.

 Na verdade esta não seria nem uma pequena brecha, mas uma larga porta escancarada para a demolição da Doutrina Católica. Ninguém pode dizer que não seja doloroso o problema das separações, algo que tomou ares de catástrofe, mas daí a Igreja capitular diante de um fato consumado, até voltar atrás para a raiz dos problemas, isso parece que nossos bispos não desejam. Querem por remendo novo em calça velha e rota. Ou seja, pretendendo sanar um problema, escancaram as portas para milhares de outros. E de fato, a lei divina não permite ruptura: ela é SIM e é NÃO, porque tudo mais vem do diabo. E esta decisão da conferência alemã vem dele.

 Qual é o problema? São muitos, e todos têm raiz numa constatação: a má preparação para o casamento, fruto da má catequese pós-conciliar que tem sido aplicada, e que na verdade DEFORMA os católicos, que assim desconhecem em sua absurda maioria a Doutrina Católica, algo bem próximo dos 100%, que simplesmente é católico apenas de nome. Não conhece nada sobre sua Igreja, e a segue apenas por modismo, porque outros vão também, isso quando ainda se confessam e comungam regularmente.

Depois do tal concílio, não se combateu mais o pecado, não mais se formou bem as crianças e a juventude, tudo descambando para um laicismo devasso, um relativismo pernicioso,ou seja: não adianta aprovar a comunhão os casais em segunda união, porque ele conduz a um desastre em relação a outros pecados.

A causa é estrutural é gravíssima, tudo porque nossos pastores dormiram e roncaram, esperando erradamente que os frutos do Concílio acendessem o sol da Igreja, quando apenas assopraram a fumaça de satanás. Assim, se passaram já praticamente duas gerações de casais mal formados, que mal formam seus filhos, que vão danificar a moral religiosa dos netos, eis a verdade.

Todo mundo corre apenas atrás do dinheiro e dos títulos, quando não apenas dos prazeres, deixando de lado tudo o que é divino e sagrado. Como o matrimônio santo!

 Assim, nas pretensas reformas que pretendem fazer na igreja – a falsa – consta aumentar ainda mais o poder das tais conferências episcopais, o que seria partir o cetro em milhares de pedaços. De fato, se elas puderem legislar em matéria de fé, o Vaticano ficaria reduzido, de imediato a uma abelha rainha aposentada, que o enxame não a mata por “gratidão”.

Quem mais ouviria um Papa? Imaginem estes países “avançados” como da Europa, nunca mais ali se cumprira uma ordem papal. Imaginem o Brasil desta, três vezes maldita teologia da libertação, em pouco tempo nós todos estaríamos forçados a ajudar quilombolas, tratar de micos na floresta, guardar as formigas de pau, lutar pela água do planeta, plantar vitórias régias nas piscinas de nossas e quem sabe desfazer de nosso patrimônio e de nosso salário para sustentar vadios nas beiras de estradas. E deixar as almas para que o diabo as carregue! Tudo isso tratado entre bons goles de vinho! Na conferência é claro!

 Ontem quando eu pesquisava sobre a crise na Igreja, me surgiu uma ideia, e não sei por que os bispos bons, os que seguem fielmente ao Catecismo, a Sã Doutrina, aqueles obedientes a Bento XVI, não fundam então a sua própria conferência, para deixarem de ser esmagados pelos maus?

Aí começaríamos a ver com maior clareza. De fato, esta entidade não faz parte da Igreja Verdadeira é apenas um câncer metido nela, onde os maus controlam e esmagam os bons. Se é para dividir, pelo menos esta seria uma decisão que nos poderiam apontar em qual Bispo nós poderíamos confiar, e em quais não. Assim, os bons são calados, sufocados, enquanto prevalece a igreja da mentira. E se desconhecem quais são os bispos santos, passando todos por maus, porque não reagem.

 E se, nestes casos, eles fossem considerados rebeldes, e fossem demitidos pelo Vaticano, ou forçados a sair pelos maus, eles poderiam resistir, ainda que seu rebanho fosse menor, sempre teriam Deus ao seu lado e é isso o que importa.

Quantas vezes a Escritura Antigo contou as batalhas do povo de Israel, quando estavam em minoria e foram defendidos por Deus e desbaratados os exércitos inimigos. O anjo chegou a exterminar 120 mil soldados inimigos sem que os judeus movessem uma palha.

Acaso Deus mudou? De forma alguma! Qual o bom católico, fiel a sua Tradição e a doutrina recebida de seus pais que não se tornaria um bravo defensor de seu bispo?

 Infelizmente hoje vemos que os bons bispos, parecem mesmo é rezar para que chegue rápido a sua idade limite de 75 anos para poderem se livrar dos problemas que lhe causam os padres. E assim são tão raros aqueles príncipes da Igreja que ousam levantar a voz contra o mundanismo modernista, que a gente tem a sensação de que estamos perdidos.

Nota-se efetivamente que da parte do homem nenhuma solução virá que possa fazer a Igreja retornar às origens de santidade e que, portanto, nenhuma reforma que se fizer produzirá efeito positivo. Disso resulta que a única forma de colocá-la nos eixos é através de uma intervenção divina, mas isso somente acontecerá quando tudo parecer perdido, quando a fé tiver desertado da maioria dos corações, então sim o amoroso Pai intervirá com Poder, e aí, podem ter certeza, de que não ficará pedra sobre pedra destes rebeldes.

 

Fonte:http://www.recadosaarao.com.br
 




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