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Milagres
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06/04/2017
O Milagre Eucarístico de Turim (ano 1453)
O Milagre Eucarístico de Turim (ano 1453)
Na Basílica de Corpus Christi de Turim encontra-se uma grade de ferro que protege o lugar onde ocorreu o primeiro milagre eucarístico daquela cidade, em 1453.
Placa com a narração do milagre onde esse aconteceu, basílica do Corpus Domini, Turim
No chão, atrás da grade, está escrito como ocorreu o milagre:
“Eis o lugar onde caiu prostrado o jumento que transportava o Corpo Divino. O lugar onde a Sagrada Hóstia, saindo de uma bolsa, elevou-se sozinha, descendo com clemência nas mãos dos cidadãos de Turim. Eis o lugar santificado pelo Milagre. Recordando-o e rezando ajoelhado, presta-lhe veneração com santo temor”. (6 de junho de 1453)
A história começou na cidade piemontesa de Exilles, na região de Alto Val Susa, fronteira com a França, onde as tropas francesas de Renato d’Anjou lutavam contra as milícias italianas do duque Ludovico de Savóia.
Os franceses saquearam o vilarejo e entraram na igreja.
A igrejinha de Exilles onde foi perpetrado o roubo sacrílego
Um dos soldados forçou a porta do Tabernáculo e roubou o Ostensório com a Hóstia consagrada, envolvendo-a numa bolsa.
Montou depois num jumento e partiu para a cidade de Turim com a intenção de vendê-la.
Ele ingressou dissimuladamente na cidade no dia 6 de junho, quando se comemorava o Corpus Christi.
Na praça principal, perto da então igreja de São Silvestre, hoje do Espírito Santo – onde futuramente seria erguida a Basílica de Corpus Christi – o jumento empacou e caiu no chão.
Afresco representando o milagre eucarístico de Turim
Então a bolsa se abriu e o Ostensório com a Hóstia se elevou sobre as casas vizinhas para maravilhamento do povo.
Entre os presentes estava o padre Bartolomeu Coccolo, que foi correndo avisar o bispo Ludovico, da família dos marqueses de Romagnano.
O bispo, acompanhado por um cortejo formado pelo povo e pelo clero, se dirigiu à praça, prostrou-se em adoração e rezou com as palavras dos discípulos de Emaús “Permanecei conosco, Senhor”.
Naquele mesmo momento se verificou outro milagre: o Ostensório caiu no chão, deixando livre a Hóstia consagrada, que reluzia como o sol.
O bispo elevou o cálice que tinha nas mãos, e lentamente a Hóstia consagrada começou a descer, pousando dentro do cálice.
A devoção ao Milagre Eucarístico de 1453 foi imediatamente difundida por toda a cidade, que promoveu a construção de um nicho no lugar onde ocorreu o fato sobrenatural.
Posteriormente, o nicho foi substituído pela Igreja dedicada ao Corpo de Cristo.
A história do milagre eucarístico de Turim resumida numa sacra
O milagre foi comemorado especialmente nas solenidades organizadas por ocasião do cinquentenário e do centenário do milagre (1653-1703;1753-1853; e parcialmente em 1903).
São muitos os documentos que relatam o milagre: os mais antigos são três Atos Capitulares dos anos de 1454, 1455 e 1456, bem como alguns documentos da prefeitura de Turim.
No ano de 1853, o Beato Papa Pio IX celebrou solenemente o IV centenário do milagre, cerimônia da qual participaram São João Bosco e o Padre São Miguel Rua.
Para essa ocasião, Pio IX aprovou o Ofício e a Missa própria do milagre para a diocese de Turim.
A atual Basílica do Corpus Domini
construída para perpetuar a lembrança do milagre
No ano de 1928, Pio XI elevou a Igreja do Corpus Christi à dignidade de Basílica Menor.
A hóstia do milagre foi conservada até o século XVI, quando a Santa Sé ordenou consumi-la “para não forçar Deus a fazer um milagre eterno mantendo incorrupta, como estiveram até aquele momento, as próprias espécies eucarísticas”.
Fonte:http://oracoesemilagresmedievais.blogspot.com.br/2015/01/o-milagre-eucaristico-de-turim-ano-1453.html
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