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18/06/2017
A PSIQUIATRIA COMO ARMA REVOLUCIONÁRIA

A PSIQUIATRIA COMO ARMA REVOLUCIONÁRIA

18/06/2017

Escutemos o Papa Leão XIII, num trecho da sua encíclica "Humanum Genus", promulgada em 20 de Abril de 1884:

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Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral

«Insinuando-se com aparência de amizade no coração dos príncipes, os maçons queriam encontrar neles cúmplices e ajuda poderosa para oprimir o Cristianismo. E para pôr neles estímulos mais agudos, começaram a caluniar obstinadamente a Santa Igreja como inimiga do poder e das prerrogativas régias. Tornando-se afoitos e seguros com essas artimanhas, adquiriram grande influência no governo dos Estados, prontos a estremecer os fundamentos dos tronos, e a perseguir, caluniar e afastar os soberanos que se mostrassem arredios a governar de acordo com seus entendimentos.

Adulando o povo com artifícios semelhantes- ENGANARAM-NO! Gritando a plenos pulmões liberdade e prosperidade pública; fazendo crer às multidões que a culpa da iníqua escravidão e miséria em que viviam era toda da Igreja e dos sobreranos, incitaram o povo, ansioso de novidades, e açularam-no contra ambos os poderes. Contudo a espera de vantagens é maior do que a realidade, e a pobre plebe, oprimida, mais do que nunca, nas suas misérias, vê faltar-lhe grande parte daqueles confortos, QUE MAIS FÁCIL E COPIOSAMENTE TERIA ENCONTRADO NUMA SOCIEDADE CRISTÃMENTE CONSTITUÍDA. MAS TODAS AS VEZES QUE SE LUTA CONTRA A ORDEM ESTABELECIDA PELA PROVIDÊNCIA DIVINA, ESTE É O CASTIGO DA SOBERBA: QUE AÍ ONDE INCONSIDERADAMENTE SE PROMETE FORTUNA, PRÓSPERA, E TODA CONFORME AOS SEUS DESEJOS, ALI SE ENCONTREM, JUSTAMENTE, OPRESSÃO E MISÉRIA. (...)

Seja como for, diante de um mal tão grave, e por demais difundido, é nosso dever, veneráveis irmãos, dedicar-nos a procurar os remédios para isso. E por saber que na virtude da Religião Divina, TANTO MAIS ODIADA PELOS MAÇONS QUANTO MAIS TEMIDA, consiste a melhor e mais firme esperança de remédio eficaz, julgamos que antes de mais nada se deve recorrer a esta virtude sumamente salutar contra o inimigo comum. Portanto, nós, com a nossa autoridade apostólica ratificamos e confirmamos todas e cada uma das coisas que os Romanos Pontífices, nossos predecessores, decretaram para contrastar os desígnios e tornar vãos os esforços da seita maçónica, tudo o que foi sancionado para afastar ou retirar os fiéis dessas sociedades. Confiando muitíssimo na boa vontade dos fiéis, rezamos e esconjuramos a cumprir tudo o que a esse propósito foi prescrito pela Sé Apostólica.»

E ainda o mesmo Pontífice na encíclica "Aeterni Patris"de 4 de Agosto de 1879:

«Mas é louvor máximo e todo próprio de São Tomás de Aquino, nunca concedido a nenhum outro doutor católico, o ter querido os Padres do Concílio de Trento que ao centro da aula das reuniões, junto com os Códices da Sagrada Escritura e os decretos dos Pontífices Romanos, estivesse aberta sobre o Altar também a Suma de São Tomás, para dela extrair conselhos, motivos e sentenças.

E finalmente, pareceu reservada a homem tão incomparável, também a primazia, arrancando obséquios, elogios e admiração, até dos inimigos do Nome Católico. Com efeito, sabe-se que entre os chefes das facções heréticas não faltaram os que confessaram pùblicamente que, UMA VEZ AFASTADA A DOUTRINA DE TOMÁS DE AQUINO, ELES PODERIAM FÀCILMENTE "ENFRENTAR E VENCER TODOS OS DOUTORES CATÓLICOS E ANIQUILAR A IGREJA" - INFUNDADA ESPERANÇA, SEM DÚVIDA, MAS NÃO INFUNDADO TESTEMUNHO.»

É conhecido como a Fé Católica, objectivamente, é absolutamente irrefutável. Tal é perfeitamente compreensível se pensarmos na sua origem Divina, Sobrenatural. Neste quadro conceptual teremos de inferir que é impossível, objectivamente, perder a Fé. Consequentemente, os inimigos históricos da Santa Madre Igreja, impossibilitados de levarem a melhor sobre os defensores mais convictos e denodados da Fé Católica, completamente incapazes de os refutarem, mesmo no terreno filosófico, resolvem então pôr em dúvida a sua sanidade mental. Evidentemente que ninguém vai perder tempo a tentar sequer refutar um doente mental.

A Santa Madre Igreja, ao longo dos séculos, através das suas lutas contra os mais variados tipos de hereges, jamais os considerou mentalmente enfermos; podia acusá-los de bruxaria e pacto com o demónio, mas jamais inventou pretextos para se eximir da sagrada obrigação de proceder a um julgamento justo. Mesmo os não crentes honestos e respeitadores decerto se revoltam contra o aniquilamento clínico e civil de pessoas cujo único crime é professarem integralmente a Fé Católica.

A União Soviética e países satélites, usaram e abusaram da psiquiatria para fins políticos e anti-religiosos. Muitos milhares de pessoas foram assim internadas compulsòriamente em Hospitais Psiquiátricos e submetidas a tratamentos com choques eléctricos e outros mimos, em princípio destinados a verdadeiros doentes mentais. O mundo ocidental foi, em princípio, mais moderado neste campo. No entanto, na revolução republicana portuguesa de 1910, vários sacerdotes foram submetidos a diversos testes e verificações craniométricas, com o objectivo de lhes detectar uma pretensa tendência patológica para o crime. Efectivamente, o materialismo crasso e brutal da medicina do século XIX foi quem primeiramente colocou a hipótese, absurda  e satânica, da Religião, entenda-se da Religião Católica, constituir uma forma de doença mental.

Hodiernamente, é a própria seita conciliar - ela mais do que ninguém, e com uma agressividade oriunda das profundezas do Inferno - a propor a tese da doença mental dos militantes da Sagrada Tradição ;ou seja: Uma seita vergonhosa, saída de uma concílio maçónico, cujas consequências diabólicas e deicidas conduziram à loucura e ao suicídio um certo número de sacerdotes,  religiosos e até de fiéis, cujo cômputo exacto jamais saberemos; essa mesma seita tem o arrojo de conspirar para enviar para hospitais psiquiátricos aqueles que a denunciam, sobretudo aqueles social e econòmicamente mais débeis; é aquela mesma seita que não vê nenhum mal na teoria do género, pois que esta se insere necessàriamente no direito universal à liberdade religiosa e anti-religiosa.

Eis-nos assim perante a maior tirania da História Universal. Tirania define-se como o poder utilizado para o mal, para o erro, para a mentira. Considera-se haver Tirania de título quando o tirano usurpa a função com a aparência da qual irradia a tirania; tirania de exercício, quando a função foi constituída legalmente, embora de facto esteja corrompida e ao serviço de mal. Neste quadro conceptual, a tirania da seita conciliar consiste plenamente numa tirania de título, pois que as funções Sagradas, incluindo a mais elevada, estão todas USURPADAS DE RAIZ. Houve quem defendesse, como o Jesuíta Mariana (1536-1624), que qualquer cidadão poderia, legìtimamente, matar o usurpador. Todavia não é essa a Doutrina oficial do Magistério da Santa Madre Igreja, para o qual, qualquer acção contra a tirania tem que ser NECESSÁRIA E ESSENCIALMENTE OBJECTIVA E HIERÁRQUICA.

A utilização da psiquiatria para fins estranhos ao seu objecto próprio de legítima especialidade médica, configura um grave crime de delito comum, e tanto mais hediondo quanto é praticado em nome dos denominados "direitos do homem". Aliás, é esta concepção revolucionária dos "direitos do homem" que mais tem arruinado OS VERDADEIROS DIREITOS DO HOMEM, AQUELES QUE LHE FORAM CONFERIDOS POR DEUS, QUER PELA CRIAÇÃO, QUER PELA ELEVAÇÃO À ORDEM SOBRENATURAL. Porque se é verdade que a criatura, metafìsicamente, não possui qualquer direito, nem mesmo a ser criada; uma vez colocado o acto Criador, a própria natureza, COM TODAS AS SUAS LEIS, possui uma verdade e uma bondade, que decorrendo das Essências Imutáveis das coisas, É ABSOLUTAMENTE INDISSOCIÁVEL DA VERDADE INCRIADA.

É conhecido como a arma psiquiátrica elimina hoje da sociedade "das pessoas normais" qualquer jovem que apresente uma genuína vocação sacerdotal ou religiosa, vocação essa, que nos tempos que correm, configura um verdadeiro milagre moral da Graça de Deus Nosso Senhor. E tal eliminação, como já referi, processar-se-á com o mais entusiástico apoio da seita conciliar.

Imaginemos hoje, por exemplo, um São Domingos Sávio (1842-1857), o confessor mais jovem da História da Igreja; não podemos, de forma alguma, duvidar que seria, de imediato, internado numa clínica pedopsiquiátrica, e com prognóstico reservado.

A própria aversão, medular e Sobrenatural, ao mundo, que pertence à essência da Fé Católica, é hoje, e de modo definitivamente adquirido, considerada uma forma de grave doença mental, a exigir rápida intervenção terapêutica. E embora já se não utilizem electrochoques, o estigma da morte civil permanecerá para sempre, ainda que essa pessoa venha a ser dada como "curada", pois que nesta paupérrima civilização é tão assustadora a realidade do doente mental como a do ex-doente mental.

Há factos que constituem bem o sintoma de estarmos na presença da civilização do anti-Cristo: Ainda há poucos meses, aqui em Portugal, foi atribuído um prémio de raiz maçónica, considerado altamente prestigiante, a um determinado professor universitário de língua Grega, muito valorizado socialmente, que tem apresentado uma tradução Bíblica directamente da versão dos "Septuaginta". Pois ao agradecer, pùblicamente, o prémio, o referido senhor dedicou-o, "ipsis verbis", AO SEU MARIDO!!! E o pior é que já ninguém protesta, fazê-lo seria, socialmente, altamente penalizador para o próprio.

Tudo o que, mesmo longìnquamente, se erga pùblicamente contra a ideologia do género e o incentivo à sodomia, arrisca o mais severo ostracismo. Pois não condecorou o Vaticano os máximos representantes da República Portuguesa, pouco depois de aprovada a liberalização total do aborto, bem como o "casamento" dos sodomitas?

A psiquiatria, como arma revolucionária, age secretamente, não quer publicidade às suas vítimas, que não considera tais, pois lhes presta um grande favor - "curando-as". Quem é que se vai preocupar com pessoas, consideradas doentes, e que estão recebendo assistência?

O uso da psiquiatria para fins políticos e anti-religiosos na União Soviética e países satélites, demonstrou a sua infernal eficácia social, evitando a repercussão, considerada penosa, de julgamentos e prisões, mas sobretudo, como referi, cortando o "mal", cerce e liminarmente, pela raiz, sem necessidade de invocar, perante a sociedade, quaisquer argumentos.

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Lisboa, 18 de Junho de 2017

Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral    

Fonte: https://promariana.wordpress.com/2017/06/18/a-psiquiatria-como-arma-revolucionaria/




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