Sinais do Reino


Artigos
  • Voltar






04/03/2014
A corrupção do clero e os avisos proféticos

 A corrupção do clero e os avisos proféticos

04/03/2014

padre41-642x336

 

“Não nascemos, senão, para a luta!”

 

Geovanne Maria Moreira.

Prezados amigos, Salve Maria!

É com muita tristeza que temos assistido, ultimamente, a queda do sacerdócio católico à loucura da heresia. Tem aparecido muitos padres expoentes e devotados de um grande número de fiéis, vomitando inúmeras heresias e os seus superiores deixando triunfar a impunidade sobre estes crimes contra Deus.

A Virgem, quando da sua aparição em La Salette, disse aos videntes que “os livros maus abundarão na Terra”. Não bastassem as dezenas e centenas de livros escritos recheados de heresias e gnoses, agora, com a evolução da internet, superlotaram de vídeos de alguns padres negando explicitamente Dogmas Católicos, Doutrinas imperecíveis, decretos aprovados em concílios válidos, ensinamento de santos e doutores, e etc.

O que dizem os santos?

O silêncio dos superiores e até mesmo dos fiéis deve-se importar anuência das heresias proferidas pelos padres/frades/religiosos. São Francisco de Sales nos adverte que “os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa, desde que não se falte à verdade, sendo obra de caridade gritar: ‘Eis o lobo!’, quando está entre o rebanho ou em qualquer lugar onde seja encontrado.” [1].

Neste mesmo diapasão, Santo Inácio de Loyola nos diz que “aos hereges se há de chamar pelo seu nome, para que produza horror até nomear aos que o são e não se cubra o veneno mortal com o véu de um nome salutar.” [2]. Pois bem, todos nós sabemos de cor o nome e o sobrenome dos padres e bispos hereges que empestam as livrarias com os seus famigerados livros, empestam a internet com os seus nefandos vídeos, entrevistas e etc. e violam as famílias católicas destruindo-lhes a fé. São Paulo escrevendo a Tito diz: “com efeito, há muitos insubmissos, charlatães e sedutores, principalmente entre os da circuncisão. É necessário tapar-lhes a boca porque transtornam famílias inteiras ensinando o que não convém (…) Portanto, repreende-os severamente, para que se mantenham sãos na fé”. [3]

Em alguns canais na internet, quando vídeos heréticos ou mesmo os que proporcionam a heresia, notamos, para a desgraça das almas, que muitas delas aplaudem, incentivam, manifestam em favor de tantos hereges, se esquecendo do que Santo Tomás de Aquino nos ordena: “havendo perigo próximo para a fé, os prelados devem ser argüidos, até mesmo publicamente, pelos súditos”. [4]

“Não se deveria tolerar-se vigários com fama de hereges!”[5], diz Santo Inácio de Loyola, entretanto, quem hoje em dia se lembra destas palavras? Ao que parece é que, quanto mais herege é o padre ou bispo, mais devotado é o dito. Infelizmente, hoje se tolera tudo, exceto catolicismo. É sabido muitos casos de padres que são perseguidos pelos seus superiores e mesmo por fiéis, ao primeiro sinal de catolicismo do padre. Perseguidos porque dizem contra o Vaticano II e a favor da Igreja de Deus, perseguidos pelo simples fato de usarem batina, perseguidos por descortinarem a maçonaria, perseguidos porque não querem (mais) celebrar Missa no malfadado rito inventado por Paulo VI, enfim, perseguidos pelo simples crime de querer ser católico. Já os hereges são condecorados com títulos e pompas, presenteados com paróquias afortunadas e programas em canais de TV, se tornam professores em renomadas Universidades, e etc.

Aqui em Betim/MG e em Contagem/MG, cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, somos atendidos, graças ao bom Deus pelo padre Ernesto Cardozo que nos vem administrar os Sacramentos ao menos uma vez por mês. O restante dos dias do mês ficamos com o Santo Terço ou o Santo Rosário, porque “é preferível que o rebanho fique sem pastor, do que ter por pastor a um lobo.” [6], diria Santo Inácio de Loyola.

Muitas vezes, observando a inércia de muitos católicos e dos superiores dos malfadados hereges, nos causa uma justa indignação que “não vai contra a natureza da paciência atacarmos, quando necessário, quem faz o mal; porque, sofrermos com paciência as injúrias que nos atingem, é digno de louvor; mas, é excesso de impiedade tolerar pacientemente as injúrias feitas contra Deus.” [7]

Quem não se enfurece vendo e ouvindo o que este pseudo-padre diz sobre a Virgem Maria?

Além de não se enraivecerem, aplaudem o pseudo-padre que ridiculariza a devoção à Virgem Maria e escarnece os objetos de devoção. Também são culpados, estes que endeusam os hereges e despreza a Igreja de Deus.

São João Crisóstomo nos ensina que “só aquele que se enraivece sem motivo se torna culpado; quem se enraivecer por um motivo justo não tem culpa alguma. Pois, se faltasse a ira, a ciência de Deus não progrediria, os julgamentos não teriam consistência e os crimes não seriam reprimidos. Mais ainda: aquele que não se enraivecer quando a razão o exige, comete um pecado grave; pois a paciência não regulada pela razão propaga os vícios, favorece as negligências e leva ao mal, não somente os maus, mas sobretudo os bons”.[8]

Um fato pessoal: Certo dia, comparando um famoso pseudo-padre-pregador-católico à figura de Martin Lutero, vários amantes da Revolução Carismática “católica” me execraram e me apelidou de “filho do demônio”, dizendo, com o seu mimimi carismatóide de que não se podia falar mal dos escolhidos de “Maria” (sic!). O que diriam à Santa Catarina de Sena que chamava maus sacerdotes de “demônios encarnados” [9]?

Enquanto que os hereges hoje são devotados e condecorados, São Jerônimo os tinha como inimigos pessoais. Dizia o santo: “ser-me-á suficiente responder que jamais poupei os hereges e que empreguei todo meu zelo em fazer dos inimigos da Igreja meus inimigos pessoais”. [10]

Infelizmente não tem quem os puna. Infelizmente não há quem os fiscalize. Não há mais sensores, os livros não passam mais pela censura eclesiástica, escreve-se tudo o que quiser e, pelo simples fato de o autor ser supostamente padre, acredita-se tratar de um livro religioso, doutrinário ou apologético. Santo Agostinho dizia que “se descuidares de corrigir, te tornas pior que aquele que pecou” [11]. Os superiores e mesmo os leigos que seguem estes falsos Cristos e estes falsos profetas tem culpa ainda maior na propagação das heresias proferidas por eles.

O que diz a Sagrada Escritura?

A Sagrada Escritura muitas e muitas vezes nos adverte da corrupção do Clero.

Nosso Senhor, certa vez, disse que “é do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias”[12].

O Profeta Oseias, no capítulo IV do seu livro narra precisamente os males que os maus sacerdotes fizeram com o povo:

“(…) o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem. Entretanto, ninguém poderá acusar o povo, nem o repreender, mas eu censuro a ti, ó sacerdote. Tu tropeçarás em pleno dia, assim como o profeta durante a noite. Far-te-ei perecer, porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos.”

Veja que Deus, pelo profeta, nos diz que os males que o povo comete é culpa dos maus sacerdotes e os censura. Quando os sacerdotes se esquecem da Lei de Deus, da Santa Tradição, a Verdadeira Doutrina e dos Sacramentos instituídos, Deus também se esquece do povo e dos sacerdotes. Mas, não nos pareceria injustiça Deus se esquecer do povo, haja vista que foram os sacerdotes quem violaram a Lei de Deus? Não o é. Os sacerdotes, ao se esquecerem dos preceitos divinos e o povo não os resiste ou não os reprime é tão cúmplice quanto os maus sacerdotes.

Estamos vendo uma leva de sacerdotes heréticos que, ao vomitarem suas heresias deveriam causar espanto no povo, mas, o inverso: o povo os aplaude, o povo os patrocina, o povo os devota e por isso, os fiéis tem culpa também na corrupção clerical. Quando há resistência à esta onda dos inimigos de Deus (Sim! Muitos se comportam como inimigos de Deus!) os fiéis rotulam os resistentes de hereges, cismáticos e rebeldes e por isso (parece que) Deus se esqueceu dos fiéis nos últimos anos.

Continua o capítulo IV do livro do profeta Oseias:

Quanto mais se multiplicaram, mais pecaram contra mim, transformaram em infâmia o que era a sua glória. Eles se nutrem do pecado de meu povo, e são ávidos de suas iniqüidades. O sacerdote será tratado como o povo. Castigá-lo-ei pelo seu comportamento. Tratá-lo-ei segundo as suas obras.

O sacerdócio católico hoje, humanamente está arruinado! Os padres se espelham nos piores para reproduzir suas infâmias. Tudo o que há de ruim entre os pagãos, os sacerdotes copiaram:

Balada católica, barzinho de Jesus, Carnaval de Jesus, músicas profanas, bailes, cristotecas (para não dizer Diabotecas), Missas de diversos segmentos: Conga, Sertaneja, Carismática, de cura e libertação, Jovem, com palhaços, bruxos, Maçônica, e etc.

Hoje os padres querem ser tratados como qualquer um do povo. Abandonaram suas vestes talares, abandonaram as leituras santas, os ofícios divinos, abdicaram da Missa Católica para oficiar uma Missa maçônica e protestante. Hoje ninguém mais faz distinção entre um padre e um ministro da eucaristia que, muitas vezes, vive mais piedosamente que o padre da sua paróquia. Longe de querer legitimar este trabalho (dos ditos ministros), mas muitos deles levam uma vida mais reta que muitos padres.

Continua o profeta:

Comerão, mas não hão de saciar-se; prostituir-se-ão, mas não hão de multiplicar-se, porque abandonaram o culto do Senhor. O mau proceder, o vinho e o mosto abafam a razão. Meu povo consulta o seu pedaço de pau, e o seu cajado lhe faz revelações, porque o espírito de infidelidade o perde e eles se prostituem, afastando-se de seu Deus.

As causas dos castigos, o profeta deixa bem claro: “porque abandonaram o culto do Senhor”. Não quero me prender a falar sobre Missa Nova, Missa de Sempre e etc. porque penso que este assunto já está sacramentado. Pontuarei, apenas, sobre a questão da obediência. Me perguntaram, outro dia, o que o padre pode fazer, haja vista que a ordem vem de cima para baixo. A questão não é a autoridade quem manda e sim o que esta (suposta) autoridade manda. Ordenar que um padre celebre uma missa num rito maçom e protestante, esta ordem não pode ser seguida, independente de quem mande. São Paulo, escrevendo aos Gálatas [13] nos diz que se ele procurasse agradar aos homens, ele não seria servo de Deus.

O livro do Profeta Jeremias [14] nos diz o seguinte:

Quando esse povo ou algum profeta ou sacerdote vier perguntar-te:

Qual o novo fardo do Senhor que anuncias? dir-lhe-ás: Fardo? És tu esse fardo, e dele me alijarei – oráculo do Senhor.

Os padres modernos, modernistas são este fardo nas costas do povo que, por muitas vezes, tenta se descarregar, entretanto, sob ameaças de excomunhão o povo não se afasta do clero corrompido.

Vale lembrar que as excomunhões hodiernamente somente se aplicam aos fiéis à tradição católica. Aos hereges, mitras, barretes cardinalícios, e trono petrino.

O que diz a Virgem?

Em 1.846, numa das aparições mais marcantes da Virgem, em La Salette (na França), Nossa Senhora diz à vidente Melanie:

Os sacerdotes, ministros de meu Filho, os sacerdotes, por causa da sua vida má, pelas suas irreverências e pela sua impiedade ao celebrar os santos mistérios, pelo amor ao dinheiro, o amor às honras e aos prazeres, os sacerdotes converteram-se em cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes provocam a vingança e a vingança pende sobre suas cabeças.

Ai dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus que pelas suas infidelidades e más vidas crucificam meu Filho de novo! Os pecados das pessoas consagradas a Deus clamam ao Céu e atraem vingança, e eis que a vingança está às suas portas, porque já não se encontra ninguém para implorar misericórdia e perdão para o povo. Já não há almas generosas, já não há ninguém digno de oferecer a Vítima sem mancha ao Eterno, pelo mundo.

Deus vai castigar de uma maneira sem precedentes. Ai dos habitantes da Terra! Deus vai esgotar a sua cólera e ninguém poderá fugir a tantos males juntos.
Os chefes, os condutores do povo de Deus, descuraram a oração e a penitência, e o demônio obscureceu as suas inteligências. Tornaram-se naquelas estrelas errantes, que a antiga serpente arrastará com a sua cauda para os fazer perecer. Deus permitirá que a antiga serpente ponha divisões entre os soberanos, em todas as sociedades e em todas as famílias. (A humanidade) sofrerá penas físicas e morais. Deus abandonará os homens a si mesmos e enviará castigos que se hão de suceder durante mais de trinta e cinco anos.

(…) Muitos abandonarão a fé, e o número de sacerdotes e religiosos que apostatarão da religião verdadeira será grande; entre estes haverá até mesmo Bispos.

É inegável que tudo isso que a Virgem predisse esteja acontecendo nos dias de hoje. Até mesmo, um dos grandes destruidores da fé católica, Papa João Paulo II, disse que a Igreja hoje encontra-se em uma apostasia silenciosa [15].

Em Fátima, a Virgem disse que haveria uma apostasia na Igreja que começaria do cimo. Nosso Senhor disse:

“Hipócritas! Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?” [16]. E, infelizmente, muitos fiéis são assim. Não sabem ou não querem saber da crise existente. Ainda na aparição em La Salette, a Virgem disse que a Igreja teria uma crise medonha.

Nos resta rezar e resistir. Saber identificar o lobo e advertir os fiéis. Não podemos ficar encima do muro, devemos tomar partido, afinal, “no inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”. Dante Alighieri

***
Notas:


[1] São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja, Filotea ou Introdução à Vida Devota, parte III, cap. 28.
[2] Santo Inácio de Loyola, Cartas de Sto. Inácio de Loyola III, Edições Loyola, 1993, p. 102.
[3] Carta de São Paulo a Tito, cap. 1, vers. 10-13.
[4] Sum. Teol. II-II.a, XXXIII, IV, ad2
[5] Cartas de Sto. Inácio de Loyola III, Edições Loyola, 1993
[6] Cartas de Sto. Inácio de Loyola III, Edições Loyola, 1993, pag. 101
[7] São Tomás de Aquino, Suma Teológica, 2a. 2ae., q. 136, a. 4, ad. 3
[8] Hom. XI, in Nath.
[9] Diálogo, ed. Paulus, p. 256
[10] Citado pelo Papa Bento XV (quinze). Spiritus Paraclitus, nº. 41
[11] Santo Agostinho citado por Santo Tomás de Aquino. Suma Teológica. Parte II-II, art. 33, a. 2.
[12] São Mateus, XV, 19.
[13] Epístola de São Paulo aos Gálatas, I,10.
[14] Jeremias XXIII, 33.
[15] João Paulo II, Ecclesia in Europa, nºs 7 e 9, DC nº 2296, 20/7/2003, p. 671-672.
[16] São Mateus, XVI,4.

 

Fonte: missaosagradafamilia.blogspot.com.br |  missaosjmv.com

Visto em : http://www.amormariano.com.br




Artigo Visto: 1744

 




Total Visitas Únicas: 6.297.749
Visitas Únicas Hoje: 109
Usuários Online: 48